A cada 100 transações recusadas no cartão de crédito no Brasil, 28 são por falta de limite. É uma experiência comum, já que se trata da causa mais frequente das compras negadas, mas que pega de surpresa e causa transtornos aos consumidores ao terem, por exemplo, a cobrança da academia, do streaming ou do aplicativo de transporte recusadas.
A Dock, empresa B2B de tecnologia para pagamentos e banking, acaba de lançar, em parceria com a FICO, uma ferramenta que permite o fornecimento de limite flexível aos usuários de cartão de crédito quando há tentativa de compra ou cobrança reprovada. Via modelos de machine learning e inteligência artificial, as empresas podem avaliar, em tempo real, diversas variáveis sobre os clientes para conceder recursos extras para uma operação específica.
“Por que uma transação é reprovada quando poderia ser aprovada? Esse é o problema que queremos solucionar. Por meio da tecnologia, conseguimos construir um perfil melhor dos consumidores e fornecer o processo de autorização mais adequado, o que resulta em limites de crédito seguros, mais aprovações e uma melhor experiência para o usuário”, afirma Antonio Soares, CEO da Dock.
“Especialmente na América Latina, onde o limite de crédito é baixo e os critérios de concessão não são tão precisos, precisamos de soluções que o flexibilizem. Por meio da tecnologia, conseguimos fazer isso”, completa o CEO da Dock.
Soluções
A Dock permite às empresas um fluxo de autorização personalizado por meio de um hub de soluções integradas, incluindo tokenização, autenticação 3DS (pelo próprio emissor do cartão), streaming de dados (coleta de várias fontes e processamento de insights em tempo real), pushes, sms e comunicação interativa, além de produtos como conta global e voucher. Com presença em 11 países, a Dock possibilita a operação das soluções no México, Peru, Colômbia, Equador, Argentina, Panamá, Chile, Cayman, El Salvador e Guatemala por meio de uma plataforma única.
Assim como as demais soluções do autorizador da Dock, o limite flexível visa aumentar a aprovação de transações, mantendo o bloqueio a transações suspeitas. O intuito do ecossistema de soluções é ajudar a distribuir melhor os riscos e aumentar a aprovação de crédito, de forma sustentável.
Segundo a Dock, essa evolução tecnológica começou na prevenção a fraudes e agora mira mais aprovações no crédito. Com o boom das compras virtuais, impulsionado pelas mudanças no comportamento do consumidor desde a pandemia, a tecnologia antifraude avança rapidamente, mas ainda não é raro compras legítimas serem consideradas suspeitas e bloqueadas em e-commerces.
“O antifraude continua sendo nossa grande prioridade. O que queremos é reduzir essas quase 30% de reprovações por falta de limite que poderiam ser aprovadas. Nos portfólios das empresas existe um excesso de limite concedido que não é usado, então existem usuários que precisam de limite e não têm, e usuários que possuem limite e não precisam. Vamos chegar em um equilíbrio também para quem concede”, conclui Antonio.