O G10 Bank, primeiro banco digital nascido dentro da favela, e a Dock, empresa de tecnologia para pagamentos e banking, lançam “A Patroa”, maquininha de cartão para empreendedores de comunidades. Sem custo para o estabelecimento e com taxas atrativas, a instituição quer manter os recursos gerados circulando na comunidade, trazendo benefícios e dividendos. Uma porcentagem dos recursos obtidos com o negócio será destinada a um fundo voltado a ações sociais.
“Tenho certeza de que os comerciantes de Paraisópolis abraçarão esta iniciativa, que é uma oportunidade incrível para eles e para toda a comunidade. Com o uso da maquininha A Patroa pelos lojistas, o G10 Bank gera receita para fornecer microcréditos para os moradores, o que por sua vez acelera os negócios e o consumo na própria favela”, explica Gilson Rodrígues, CEO do G10 Bank e presidente nacional do G10 Favelas.
“Por meio da tecnologia, ampliamos o acesso às facilidades do sistema financeiro e meios de pagamento para os empreendedores da favela alavancarem seus negócios. Nosso objetivo é cada vez mais fomentar um formato de economia circular e manter o dinheiro da favela circulando dentro da favela, gerando benefícios e dividendos para a comunidade”, afirma Antonio Soares, CEO da Dock.
O nome “A Patroa” foi escolhido em alusão à força das mulheres da favela e reforça o apoio do G10 Bank ao crescimento dos projetos de moradores de forma sólida e compatível com suas realidades.
A nova maquininha, um POS tradicional de mercado operado pela Dock, tem, além de crédito, débito e vouchers – como vales alimentação -, a função Pix integrada. A ferramenta facilita o dia a dia dos comerciantes, que não precisarão verificar cada pagamento para a contabilidade.
Parceria
G10 Bank e Dock estão construindo um ecossistema financeiro para impulsionar a economia da favela oferecendo soluções que se complementam e atendem às necessidades dos moradores e empreendedores, fomentando e evoluindo seus negócios.
“Nosso objetivo é levantar o sonho antigo da favela, que é empreender, poder transformar suas vidas e aproveitar oportunidades. Já temos muitos exemplos que mostram a potência dos empreendedores das comunidades, e muitas outras pessoas também podem chegar lá se tiverem acesso a recursos financeiros e informação”, afirma Gilson.
“O acesso às facilidades do sistema financeiro é fundamental para reduzir desigualdades, mas sabemos que não basta entregar uma conta digital. É preciso educação financeira, critérios para concessão de crédito que levem em conta suas realidades, aculturamento digital, suporte”, completa Antonio.
Em 2022, lançaram juntos o primeiro banco digital nascido dentro da favela, com abertura de contas digitais para pessoas físicas e jurídicas e cartão pré-pago com bandeira Visa atrelado à conta e aplicativo. A conta digital e a maquininha do G10 Bank operam com a mesma tecnologia das grandes fintechs e bancos digitais brasileiros clientes da Dock.
Além de conta digital, inauguraram a primeira agência física em 2024 para auxiliar o público em uma jornada de aprendizado para a digitalização. Outra iniciativa recente do G10 Bank é o programa “Donas de Si”, realizado pela fintech educacional Worklover, voltado a capacitar mulheres em empreendedorismo e educação financeira, dar acesso a microcrédito e informatização.